sexta-feira, 6 de março de 2009

Onde será que vamos parar?


Às vesperas do Forum que tem como tema "Uma Igreja à frente do seu tempo", vemos o fato escandaloso de um Arcebispo, que segundo os costumes da prórpia igreja a que ele serve, diz que ele já deveria ter renunciado ao cargo desde o ano passado (2008) quando completou 75 anos, ao excomungar a mãe e toda a equipe médica por ter realizado um aborto de uma criança de 9 anos que estava grávida de gêmeos (gravidez que colocava em risco a vida da menina) e nada ter feito em relação ao padrasto que a estuprou. Diante dessa decisão, questionamos: estaria o senhor José Cardoso Sobrinho senil? Uma vez que a Bíblia não classifica o pecado por tamanho, mas como uma atitude de transgressão à Lei de Deus, Poderia um homem decidir no lugar de Deus, absolvendo um criminoso e condenando aqueles que agem com o objetivo de salvar a vida de uma menina que não pediu para ser violentada desde os 6 anos por um padrasto pedófilo e inescrupuloso, um criminoso cruel? Esse Arcebispo ainda tem o apoio da CNBB e do próprio Vaticano. Estamos no século XXI, no ano de 2009 e esse Arcebispo e todos os que o apoiam, em que século estão? Essas perguntas vão estar na mente de muitas pessoas, aquelas que pensam e que procuram se manter informadas. É simplesmente inaceitável que hoje nos deparemos com situações como essa. Como seria para uma criança de 9 anos para dar a luzgêmeos? O que isso poderia acarretar? Uma vez que os próprios médicos se preocuparam com a integridade física daquela criança, a igreja romana só se preocupa em expulsar aqueles que se preocupam com uma menina que foi estuprada na sua inocência, violentada por quem deveria preservá-la, afinal estava no lugar do pai dela. A REINA - Igreja do Futuro, mesmo sendo contra o aborto, se posiciona contra essa atitude senil e impensada desse senhor que comanda a igreja romana em Olinda e Recife mas que já deveria ter dado lugar a alguém mais novo e que talvez não tivesse tomado a mesma decisão. Se alguém deve ser excomungado, esse alguém é o padrasto da menina e não aqueles que estão cuidando dela.
Isso é, antes de tudo, um desabafo de um Pastor e pai de uma menina de 8 anos e que procura se colocar no lugar dessas pessoas que, injustamente foram de tal modo penalizadas enquanto o verdadeiro criminoso fica impune.

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