Existem assuntos sobre os quais falamos que só temos informações superficiais e outros, conhecemos a fundo. Quando o assunto é Educação, tenho uma certa liberdade para falar porque cursei o Ensino Médio, no período de 1986 a 1988, na Escola Normal Carmela Dutra, hoje Instituto de Educação Carmela Dutra no bairro de Madureira, um conceituado e histórico centro de formação de professores desde a sua fundação. Uma escola de referência na formação citada e lá, pude ter a visão verdadeira do que foi (na minha época) e ainda é a educação em nossa cidade, nosso estado e nosso país, onde o investimento é muito baixo diante da realidade em que vivemos, com falta de materiais básicos para o bom funcionamento de uma escola, merenda escolar, conservação do imóvel e dos bens móveis da escola, etc. Uma vez tão ligado e engajado na causa da educação pude visualizar os 2 lados da situação: o Direito e a Ideologia.
O direito à educação é algo que consta da nossa Constituição como garantido, o que muitas vezes não é real, dadas as condições sócio-econômicas de determinadas parcelas da nossa população que vivem abaixo da linha da pobreza. Esse “direito garantido” também não é respeitado devido a distância que dificulta ou, até mesmo impede o acesso dos alunos aos estabelecimentos de ensino e muitos outros fatores que acabam por contribuir no afastamento do aluno das salas de aula.
Já a ideologia nos mostra uma escola dos sonhos e que nunca sai para o campo da realidade, uma vez que a falta e o desvio de recursos que deveriam ser aplicados na educação jamais chegam ao seu destino. Sempre esperamos algo melhor, mas para que isso aconteça precisamos ser os primeiros a buscar e nos cercar de pessoas que tenham o mesmo objetivo. Desde a minha infância ouço dizer que o Brasil é o país do futuro, mas que futuro teremos se não incentivamos nossas crianças e ler e estudar? O futuro não nos pertence, mas a eles. Nossos esforços têm que ser voltados a estimulá-los e se dedicarem ao estudo para que possam alcançar aquilo que alcançamos e nos superar, pois se a geração que nos sucede não nos superar nossa passagem por esse mundo foi vã. Temos que, a cada geração, melhorar mais a situação do mundo em que vivemos.
Queremos garantir aos nossos filhos o que eles tem por direito ou vamos ficar sonhando com um mundo perfeito mas sem fazer nada para que ele se torne realidade?
Pense.
Parabéns pela belo artigo, que não apenas constata a realidade da educação brasileira, como também oferece um norte.
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